Guardados

 

Neste relicário de sutileza e poesia dirigido por Juliana Jardim, Regina Oliveira apresenta as confissões de uma jovial atriz-palhaça, tomando a plateia como principal interlocutor. 

Das passagens da infância – contando com humor o cotidiano de uma típica grande família da zona norte – até as da adolescência, a atriz atua como se jogasse uma lente para o público observar in loco as voltas que a vida dá, sobretudo a dela mesma, até a descoberta do picadeiro.

No cenário, somente o indispensável: malas cheias de trecos e banquinhos feitos à mão para servir à plateia. No alto, tecidos e um trapézio mostram que o vôo vai longe. O figurino completa os apetrechos: de uma ampla saia com bolsos, a atriz retira alguns elementos que vão pontuando a encenação.

O roteiro de Guardados resulta de uma grande colagem que une um tanto da história de Regina com a sutil inspiração de breves passagens de A Bolsa Amarela, de Lygia Bojunga, da poesia de Manoel de Barros e de Antonio Bivar, recitada por Maria Bethânia num disco de 1973 e do conto “Paixão de Dizer”, de Eduardo Galeano, para citar algumas referências.

Ficha técnica

Direção: Juliana Jardim
Atriz: Regina Oliveira
Roteiro: Juliana Jardim, Márcio Libar e Regina Oliveira
Cenografia e figurinos: Iz Gobato e Regina Oliveira
Iluminação: Luiz André Alvim
Assessoria musical: Cláudia Barcellos
Cenotécnicos: Jorge Kugler e Fátima de Souza
Fotógrafo: Pedro Capeto
Operador de som e luz: Fábio Freitas
Contra-regra: Carlos Alberto Artigos
Designer gráfico: As Duas Criação e Produção
Produção: Ruth Almeida
Realização: Teatro de Anônimo
Equipe: 1 atriz e 3 técnicos (4 pessoas)
Local: espaço fechado de 7 x 8m com altura mínima de 5m e com possibilidade de fixação de aparelhos aéreos;
Luz: 24 refletores com potência de 1000w
Som: aparelhagem com CD player e potência compatível com o espaço
Duração: 50 minutos 

Clipping

 

Jornal O Globo - 11/11/2003
 
 Jornal do Brasil - 15/04/2005